Pósters

Alexandre Canha (Universidade de Coimbra), Marcos Osório (Município do Sabugal - Universidade de Coimbra) y Raquel Vilaça (Universidade de Coimbra): Muralhas da Beira Douro e Alto Côa na Proto-história. Breve abordagem comparativa aos materiais e técnicas de construção.

Decorrem na “Beira-Douro” e “Alto-Côa” dois projectos de investigação focados simultaneamente no estudo dos sistemas defensivos e a sua evolução diacrónica. No primeiro caso, o projecto denomina-se  Paisagens Fortificadas e Monumentalizadas da “Beira-Douro” – Arquitecturas, Cenários e Simbologias, visando o período entre o III e o I milénio a.C. No segundo caso, o estudo centra-se nas “Estratégias de povoamento da Proto-História à Idade Média no Alto Côa”. Embora ainda numa fase embrionária, estes projetos abordam a mesma temática e, pela sua proximidade geográfica, justificam a realização de uma primeira abordagem comum. Assim, e apesar do mau estado de conservação dos monumentos, as dificuldades de visualização pela vegetação e o problema de balizamento cronológico, por exemplo, pretende-se estabelecer uma análise comparativa entre as estruturas defensivas de cronologia proto-histórica que se observam nestes dois territórios diferentes, embora pertencentes à mesma bacia hidrográfica, numa perspetiva que tem em consideração fundamentalmente os traçados das plantas, as técnicas e os materiais dos paramentos construtivos. Com esta abordagem visámos determinar as semelhanças e diferenças no processo defensivo proto-histórico, tendo em consideração alguns casos de estudo. Se na “Beira-Douro” se observa alguma variabilidade em termos de aparelhos construtivos e tipos de amuralhamento, pelo contrário, existe uma grande uniformidade ao nível da matéria-prima utilizada, a pedra, e excepcionalmente pedra e terra. Na região do “Alto-Côa” denota-se maior homogeneidade, quer ao nível do aparelho, quer das técnicas construtivas, distinguindo-se da região duriense pelo predomínio dos amuralhamentos simples, com raras muralhas duplas, e pela edificação de recintos que aproveitam as penedias do meio natural. Esta análise proporcionará, futuramente, novas leituras comparativas com a exploração de outros factores que ajudarão a caracterizar as pautas comportamentais da monumentalização das paisagens nesta região da bacia do Douro.

 

Silvia Maciel (Universidade do Minho), Natália Botica (Universidade do Minho) y Rebeca Blanco Rotea (Universidade de Santiago de Compostela): A Paisagem Romanizada da Citânia de Sanfins, Paços de Ferreira (Portugal). Proposta metodológica para uma análise macro espacial.

 A análise da paisagem permite-nos observar os vários cenários que mapearam o ideário das sociedades passadas. Neste sentido a Arqueologia da Paisagem apresenta-se como fundamental no processo investigativo, pois possibilita a integração e maximização da informação de um determinado tempo e espaço. Propomos neste poster uma abordagem metodológica para uma análise macro espacial da Citânia de Sanfins entre os séculos II a.C. e I d.C. Este período cronológico apresenta-se complexo devido às alterações provocadas aquando da chegada dos romanos à Península Ibérica. Como tal, propomos através do uso de ferramentas Geo-espaciais e, nomeadamente de um Sistema de Informação Geográfica, visualizar, analisar e identificar as transformações ocorridas numa região particular e num povoado icónico de longa ocupação como a Citânia de Sanfins.

 

Andrés Menéndez Blanco (Universidad de Oviedo), Valentín Álvarez Martínez (Arqueólogo), David González Álvarez (Incipit-CSIC-Durham  University) y Aitor Merino Vázquez (Historiador): El castro de La Cuesta (Trueitas, León): resultados de las excavaciones de 2018.

En agosto de 2018 se iniciaron las investigaciones arqueológicas del poblado fortificado de La Cuesta (Trueitas, León). Con la excavación de un sondeo se buscaba valorar el potencial del yacimiento así como comprender la evolución de los modelos de poblamiento y las formas de vida en la comarca de Cabreira en el tránsito entre la Edad del Hierro y el período romano. Los abundantes materiales recuperados hasta el momento sugieren una densa ocupación en época romana, identificándose un espacio destinado al almacenamiento en la zona excavada. Por su lado, la gran cantidad de escorias férricas en el poblado y su entorno invita a considerar una intensa actividad relacionada con el procesado del mineral de los yacimientos de hierro localizados en las cercanías. Todo ello nos permite ofrecer una primera valoración del sitio y lanzar algunas hipótesis iniciales de trabajo sobre un poblado de gran interés para comprender las transformaciones en los paisajes sociales, políticos y productivos producidas tras la conquista romana.

 

André Magalhães do Nascimento (Empatia–Arqueologia, Lda.) y Laura Cristina Peixoto de Sousa (CITCEM-UP): A intervenção arqueológica na Quinta de Santo António e a descoberta de uma basílica paleocristã no Castelo de Gaia (Vila Nova de Gaia, Porto, Portugal).

O sítio conhecido como Castelo de Gaia corresponde a uma colina, com 78 metros de altitude, situada na margem esquerda do rio Douro, na antiga freguesia de Santa Marinha, atualmente junta com a de São Pedro da Afurada, cidade e concelho de Vila Nova de Gaia, região Norte de Portugal Continental. Este local, posicionado frente a Miragaia, cidade do Porto, tem sido objeto de múltiplos estudos e intervenções arqueológicas que, sobretudo nas últimas duas décadas, têm vindo a revelar uma intensa e pujante ocupação desde épocas antigas, com particular afirmação na romanização e tardo-antiguidade. Sondagens arqueológicas de avaliação prévia realizadas entre 2007 e 2008 numa propriedade conhecida como Quinta de Santo António, próxima do convento homónimo, no âmbito de uma operação urbanística prevista para o local, revelaram um dos mais emblemáticos achados até hoje encontrados no sítio do Castelo de Gaia: vestígios de um edifício religioso, com vários enterramentos, incluindo um sarcófago, associado a objetos excecionais, como elementos arquitetónicos em mármore, colunas, um relógio de sol, epígrafes, etc. Na apresentação daremos nota dos principais resultados desta intervenção, que lançam novos dados sobre a posição política, administrativa e religiosa do vetusto e enigmático lugar de Gaia na Antiguidade Tardia e Alta Idade Média.

 

Rebeca García de la Cruz (Restauradora): Restauración de un broche de cinturón visigodo del yacimiento La Genestosa 2016.

En el póster se va a exponer la restauración de un broche de cinturón metálico decorado descubierto tras la limpieza del objeto. La elección de los tratamientos oportunos ha conseguido que aparezca de nuevo la superficie original y por tanto poder datar y enmarcar la pieza en una datación acertada.

 

Diego Machado (Universidade do Minho, Lab2pt), Manuela Martins (Universidade do Minho, Lab2pt), Luís Fontes (Universidade do Minho, Lab2pt), Natália Botica (Universidade do Minho, Lab2pt) y Fernanda Magalhães (Universidade do Minho, Lab2pt): Vias de comunicação e circulação monetária em Bracara. O tesouro da domus de Santiago.

Após a conquista do noroeste, Augustus reestruturou o território de forma a assegurar o controlo e facilitar a sua administração através da criação de novas províncias, divididas em conuentus iuridici, da centuriação das terras para a exploração agrícola e da construção de uma rede viária que permitisse a ligação dos núcleos urbanos entre si e a comunicação com Roma. A circulação de pessoas e mercadorias dentro das fronteiras romanas, por terra e pelas costas do Mediterrâneo e do Atlântico, estimulou também a circulação de uma enorme quantidade de moedas necessárias ao comércio, ao pagamento de impostos e salários, à construção e reforma de edifícios, à importação e exportação de materiais, produtos e serviços entre cidades, províncias e regiões. Como contributo para o estudo da economia de Bracara e do conuentus bracaraugustanus, apresentaremos neste trabalho os resultados das análises de um tesouro romano baixo-imperial encontrado na domus localizada na zona arqueológica do Seminário Conciliar de S. Pedro e S. Paulo/Seminário de Santiago, em Braga, os quais nos permitem perceber a circulação monetária e a origem do numerário que circulou na cidade durante os séculos IV/V.



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